Andechser Doppelbock Dunkel
Produzida em Andechs, um município da Bavaria alemã famoso pelo seu mosteiro beneditino que produz cerveja desde 1455. Curiosamente é nesse mosteiro que está sepultado o famoso compositor Carl Orff, autor de Carmina Burana.
Esta doppelbock dunkel (dunkel significa “escura”) é produzida em Andechs, um município de Starnberg, da Bavaria alemã. A região ficou famosa pela Abadia de Andechs, um mosteiro beneditino que produz cerveja desde 1455. Curiosamente é nesse mosteiro que está sepultado Carl Orff, o famoso compositor alemão do séc. XX, talvez mais conhecido pela obra Carmina Burana.
Aspecto: cor escura, rubi quando colocada contra luz; com espuma cremosa e bege, como a de um café expresso.
Aroma: intenso a malte, caramelo, ligeiramente doce; apontamentos de frutos escuros e frutos secos; muito aromática; faz prever um sabor intenso.
Na boca: muito rica; corpo robusto, muito cremoso; domínio total do malte, com nuances de malte tipo caramelo e também algum grão torrado; tem um carácter envelhecido, complexo; termina ligeiramente doce; não há uma presença óbvia do lúpulo em nenhuma fase.
É daquelas cervejas a que gosto de chamar “sopa” - no bom sentido. Aliás, era mais ou menos esse o propósito quando o estilo foi criado, porque era uma cerveja utilizada pelos monges como alimento durante os períodos de jejum. Como o alimento líquido era permitido, os monges deliciavam-se com estas cervejas. É uma das razões pelas quais terá surgido a expressão “pão líquido” como referência à cerveja.
É uma cerveja muito rica, mas com uma intensidade de álcool perfeitamente tolerável e também não é demasiado doce, pelo que não é difícil de beber. Comparando novamente com as sopas, diria que é como uma sopa rústica: agradável, alimentícia e reconfortante.
Para mim é uma doppelbock interessante e que vale a pena experimentar.