Blanche de Namur
Blanche de Namur era a filha do conde Jean de Namur. Esta cerveja pretende homenagear a sua beleza, gentileza e delicadeza.
Blanche de Namur era a filha do conde Jean de Namur. Reza a história que Magnus IV Eriksson, rei da Suécia e Noruega, deixou seduzir-se pela beleza da princesa enquanto procurava uma esposa de prestígio. A princesa embarcou para a Escandinávia em Agosto de 1335 para tornar-se rainha da Noruega, Suécia e Escânia. A cervejaria Bocq criou esta cerveja em memória à beleza, gentileza e delicadeza da rainha.
A cerveja tem uma cor amarela, muito pálida, turva. A espuma é volumosa e cremosa. No aroma surgem fenóis e notas cítricas, do tipo de casca de laranja e sementes de coentro - muito subtis. Na boca o corpo apresenta-se muito leve e com um sabor igualmente leve, ainda assim com destaque para o trigo. Há um leve amargor ácido, que remete ao da casca de laranja e coentros, e que ajuda a compor um pouco o sabor da cerveja. A carbonatação é relativamente elevada e contribui uma com textura que dá um interesse extra à cerveja e um carácter mais refrescante. O álcool passa despercebido. Termina limpa, praticamente sem sabor residual.
Tem as características que correspondem estilo, mas sinto a falta de um sabor mais assertivo e consistente. Em alguns goles os apontamentos cítricos e de fenóis captavam-me o interesse, mas noutros parecia-me demasiado insípida e desinteressante. Talvez tenha demasiada “gentileza” e “delicadeza” para o meu gosto.
Num dia quente e bem fresquinha, é quase certo que fará a delícia de muitos, mas nesta primeira prova não me tornei um fã. Há outras witbiers que me parecem bastante mais interessantes, mas acho tenho de dar algum benefício da dúvida a uma cerveja que já recebeu importantes prémios internacionais por diversas vezes, por isso pretendo experimentá-la novamente.
P.S. Por lapso perdi a fotografia que tirei da cerveja, por isso coloquei uma fotografia do site da Bocq. Fica para a próxima!