Cerveja belga muito perto de ser património cultural da humanidade
A cultura da cerveja na Bélgica estará perto de se tornar património cultural da humanidade. A decisão será tomada no final deste mês numa reunião da Unesco que terá lugar na Etiópia.
[Actualização 30 Nov 2016]: A cerveja belga já é Património Cultural da Humanidade. Leia o artigo aqui.
[O texto é um excerto do artigo no Público]
A cultura da cerveja na Bélgica estará perto de se tornar património cultural da humanidade. A decisão será tomada no final deste mês numa reunião da Unesco que terá lugar na Etiópia.
O comité de especialistas da Unesco tem reunião marcada para dia 28 em Addis Abeba que se estenderá até ao dia 2 de Dezembro. Em cima da mesa tem 37 candidaturas para obterem o “selo” de vários tipos de património vivo – dança, música, gastronomia, festas populares, festivais e tradições, entre outras.
A Bélgica, com forte apoio do Governo, pede que a cultura da cerveja do país seja inscrita como património cultural, classificando a produção da bebida como “uma forte herança viva de muitas comunidades". “Cerca de 1500 tipos de cerveja são produzidos no país", diz o documento enviado à Unesco.
O pedido belga já teve um primeiro parecer positivo da comissão da Unesco que aprecia as candidaturas. “Eu nunca vi a comissão inverter uma recomendação”, afirmou durante uma conferência de imprensa Tim Curtis, secretário da Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.
Cuba, por sua vez, defende a inclusão da rumba “mistura festiva de música e dança” e “símbolo de uma sociedade de marginalizados em Cuba” na lista da Unesco. Já um grupo de países árabes, europeus e asiáticos juntaram-se para defender a entrada na lista da falcoaria praticada em 60 países. Estas duas candidaturas também já receberam um parecer positivo
Nas mesma situação estão os festivais populares Yama Hoko do Japão, o Vevey Vintners na Suíça, o Fallas de Valência (Espanha) e o Carnaval Grandville (França).
Esta lista, ao contrário do Património Mundial da Unesco, “não procura trazer a mais bonita ou a herança mais espectacular, mas sim algo que represente a diversidade do património cultural imaterial, para compreender que este está em todo o lado e faz parte da identidade das comunidades”, concluiu Tim Curtis.
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Esta intenção já tinha sido noticiada no «Cerveja e Tremoço» há cerca de dois anos: «Bélgica quer cerveja como património da Unesco».