Cientistas sequenciam genoma do lúpulo e encontram potencial para uso medicinal

Investigadores expandiram significativamente o conhecimento sobre o genoma do lúpulo e isso pode ter implicações positivas para a indústria cervejeira e para a medicina.



Cientistas sequenciam genoma do lúpulo e encontram potencial para uso medicinal


Investigadores da Universidade do Estado de Oregon (OSU) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos expandiram significativamente o conhecimento sobre o genoma do lúpulo, um desenvolvimento com importantes implicações para a indústria cervejeira e cientistas que investigam o potencial benefício do lúpulo para a medicina.

“Esta investigação tem a capacidade única de afectar diferentes áreas”, disse David Hendrix, professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica da universidade. “Se estivermos a falar de consumidores de cerveja, eles ficarão entusiasmados pelo lado da produção de cerveja. Se estivermos a falar do campo da medicina, eles ficarão entusiasmados pelo potencial farmacêutico.”

Os resultados da investigação foram referidos numa publicação no jornal The Plant Genome. Hendrix e John Henning, um geneticista especialista em lúpulo do Departamento Americano dos Estados Unidos, são co-autores desta publicação científica.

A procura pelo lúpulo aumentou nos últimos anos à medida que a indústria da cerveja artesanal cresceu, alimentada por cervejas como India Pale Ales, que contém uma quantidade elevada de lúpulo. Isso levou muitos cervejeiros a procurar novas variedades de lúpulo. Conhecendo melhor o genoma do lúpulo, os cientistas terão maior facilidade a desenvolvier novas variedades, que poderão ter novas qualidades e diferentes perfis de sabor, aroma, e maior resistência a doenças que afetam esta planta.

Há compostos encontrados no lúpulo que têm despertado o interesse de investigadores do ramo da medicina. Por exemplo, os cientistas mostraram que o xanthohumol, um flavonóide encontrada do lúpulo, poderá ajudar a combater o cancro e síndrome metabólico.

Por ser da família das canabáceas e haver semelhanças no genoma, os investigadores acreditam que lúpulo poderá também ter alguns dos benefícios de outras plantas da mesma família, como o cânhamo e a marijuana.



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