Dormir mal é tão mau ou pior do que consumir álcool em excesso
Uma investigação recente concluiu que dormir pouco pode ter consequências iguais ou piores do que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
Os estudos sobre o sono cada vez mais apontam para a importância de dormir bem e de ter uma rotina de sono que satisfaça todas as necessidades do corpo, no entanto a maioria das pessoas continuam a não dar grande importância a esse aspecto da sua vida.
A revista Nature Medicine publicou esta semana uma investigação levada a cabo pela Universidade de Tel Aviv e que conclui que dormir pouco tem consequências iguais ou piores do que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
“Descobrimos que a falta de sono reduz a capacidade dos neurónios funcionarem, causando lapsos cognitivos”, começa por explicar Itzhak Fried, um dos mentores do estudo que, ao site Medical News Today, alertou ainda para o facto de a falta de sono (ou de uma rotina eficaz) conseguir comprometer a “forma como percebemos e reagimos” a tudo o que acontece à nossa volta.
De acordo com o estudo, a privação de sono tem um efeito tão mau ou pior do que o consumo excessivo de álcool, podendo ainda comprometer a performance das pessoas e causar lapsos de memória, além de todo um risco que há associado a acidentes.
Para o estudo, os cientistas israelitas, que contaram ainda com a ajuda de investigadores da Universidade de Los Angeles, realizaram análises cerebrais em 12 pessoas com epilepsia e cujas convulsões foram induzidas pela privação do sono de que foram alvo.
Se por acaso pensou em deixar de consumir cerveja por motivos de saúde, sem que tenha sido um médico a dar-lhe essa indicação, lembre-se que o seu consumo moderado é geralmente benéfico para a sáude e talvez seja mais importante preocupar-se primeiro em conseguir dormir melhor, pois é muito provável que tenha muito por onde melhorar nessa área.