Heineken investe US$ 100 milhões em cervejaria em Moçambique
A fábrica que a Heineken vai construir é a primeira da empresa no país e terá capacidade para produzir 800 mil hectolitros de cerveja por ano.
A Heineken, a segunda maior empresa cervejeira do mundo, atrás da gigante Anheuser-Busch InBev (AB InBev), deu início ao processo de construção da sua primeira cervejaria em Moçambique. A unidade será construída com um investimento de 85 milhões de euros (US$ 100 milhões) e terá capacidade de 800 mil hectolitros de cerveja por ano.
Localizada na província de Maputo, deverá começar a operar no primeiro semestre de 2019. Segundo a companhia, o destino da produção é o mercado interno.
A Heineken começou a operar diretamente em Moçambique em 2016, sendo responsável pela importação, vendas e marketing de marcas como Heineken, Amstel Lite e Sagres. A construção da fábrica é mais um passo da companhia para ampliar sua presença no país africano.
A Heineken tem como meta ter 60% das matérias-primas usadas globalmente vindo de África até 2020. A companhia informou que fará parcerias com agricultores locais para o fornecimento de matérias-primas no país. Pretendem assim contribuir para o aumento de produção das matérias primas e, consequentemente, para a melhoria de vida dos agricultores e crescimento da economia do país.
A AB InBev é a grande concorrente da Heineken e já produz as marcas 2M, Laurentina e Manica em Moçambique. No mês passado fez um investimento de US$ 250 milhões para construir uma nova fábrica na Nigéria e para lançar a sua marca de referência, a Budweiser, naquele país.
A África é já há algum tempo apontada como uma das regiões mais atraentes para cervejarias, devido ao crescimento do consumo, à demanda reprimida, e, porque não, devido à inexistência de alternativas artesanais no mercado e ao poder de compra que possibilite a opção por estas. A AB InBev adquiriu a SABMiller porque a SABMiller já detinha operação em toda a África, permitindo à AB InBev uma rápida expansão na região. O banco Goldman Sachs estima que até 2025, a América Latina e África vão crescer, em média, 2% ao ano em vendas de cerveja, o que contraste com os mercados da Europa Ocidental e Leste Europeu que deverão encolher cerca de 1% e 3% ao ano, respectivamente. Na América do Norte e na Austrália o mercado deverá permanecer estável.