Monges Trapistas usam plantas para reduzir desperdício de água na produção de cerveja

Apesar do seu foco na espiritualidade e do sucesso comercial, os monges não perderam a noção que o desperdício de recursos e os custos que daí resultam são muito importantes e por isso decidiram agir.



Monges Trapistas usam plantas para reduzir desperdício de água na produção de cerveja


A Abadia de Koningshoeven é um dos 13 locais do mundo que produzem cerveja Trapista. São os produtores das famosas cervejas La Trappe.

Apesar do seu foco na espiritualidade e do sucesso comercial, os monges não perderam a noção que o desperdício de recursos e os custos que daí resultam são muito importantes. Por esses motivos, e pela primeira vez em 130 anos, os monges decidiram repensar a forma como utilizam a água.

O Mosteiro Cisterciense que fica junto à fronteira entre Holanda e a Bélgica é a primeira cervejaria na Europa Ocidental a construir um sistema de filtração de água à base de plantas, que evita o desperdício actual de cerca de sete litros de água por cada litro de cerveja produzidos.

Numa grande estufa mantêm 70 espécies de plantas, incluindo fetos e outras plantas sub-tropicais, colocadas no topo de contentores de água usada na fábrica. A água é purificada através da interacção entre os micro-organismos das raízes das plantas e as bactérias da água.

“Estamos a rezar sete vezes por dia ao Senhor pela sua criação, mas não estamos a trabalhar no sentido correcto para parar a poluição”, disse o padre Isaac, sobre a sua cervejaria. “Tivemos de transformar a nossa fé em sustentabilidade.”

A cervejaria de Koningshoeven produz 10 milhões de litros por ano. Os monges esperam que, quando totalmente operacional, o novo sistema permita purificar cerca de 450 mil litros a cada sete horas, sem necessidade de intervenção humana.

A abadia também produz 43% da sua electricidade usando painéis solares e os monges conduzem carros eléctricos quando precisam de se movimentar fora do mosteiro.

Os planos vão no sentido de diminuir ainda mais a pegada ecológica dos monges. Uma das ambições é a de purificar a água de esgoto humano. “Eu sinto uma grande responsabilidade pela próxima geração, e nós precisamos de garantir que eles herdam um mundo melhor”, desabafou o padre Isaac.

Fonte   The Guardian


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