Oersoep / Beermoth Canta Lupulus
No rótulo pode ler-se “produzida com uns grandes melões”. A Canta Lupulus de facto contém meloas (ou ‘cantalupos’).
No rótulo pode ler-se “produzida com uns grandes melões”. Esta cerveja de facto contém meloas (também chamadas de ‘cantalupos’, especialmente no Brasil).
A Canta Lupulus é uma colaboração entre a cervejaria holandesa Oersoep e a Beermoth, uma loja britânica de cervejas especiais com sede em Manchester.
Aspecto: começa com uma cor amarela, tipo sumo de laranja, mas ao juntar os sedimentos do fundo da garrafa a cor assemelha-se mais a sumo de manga; inicialmente cria uma espuma muito volumosa mas pouco densa, com muito ar, que desaparece num ápice.
Aroma: frutado, mas inicialmente não identifico a meloa; malte adocicado; lúpulo; no final, depois da cerveja aquecer alguns graus, finalmente pareceu-me sentir algum aroma a meloa, mas muito ténue.
Na boca: domínio imediato do lúpulo; o amargor não é muito intenso, mas esconde consideravelmente os restantes sabores; tem um corpo relativamente robusto, denso como o de um sumo de fruta com alguma polpa; é menos frutada e fresca do que esperaria e o sabor a meloa é praticamente inexistente; o sabor a álcool também é muito reduzido, como seria de esperar pelo baixo teor alcoólico; termina com um amargor leve.
Quando olhei para a garrafa da Canta Lupulus e vi que era uma cerveja com meloa e 3% de álcool, desejei que fosse muito leve, fresca, frutada e com sabor evidente a meloa. A realidade é que o lúpulo torna-se o centro das atenções e a meloa passa praticamente despercebida.
A minha filosofia é de que só devemos adicionar um ingrediente a uma cerveja quando ela beneficia claramente com isso. O sabor da cerveja em si não é mau, mas como defraudou as minhas expectativas e não achei que a meloa tivesse um contributo útil, não vou recomendá-la.
O tremoço deu lugar a uma meloa, embora muito diferente da variedade utilizada na cerveja
