Rogue Mocha Porter
A temática desta porter americana tem tudo a ver com café e o seu sabor também segue a mesma tendência.
A combinação dos nomes “Mocha” e “Porter” faz todo o sentido: Mocha é obviamente uma referência ao café Moca, que recebeu esse nome devido à cidade de Mocha, na costa do Mar Vermelho, no Iémen. No século quinze a cidade foi uma importante exportadora de café, especialmente para áreas ao redor da Península Ibérica; Quanto ao estilo, porter, este geralmente apresenta características que também lembram café e bebidas semelhantes de cevada ou outros cereais. Café e café combinam, logicamente.
É uma cerveja castanha escura com algumas nuances avermelhadas quando observada à luz.
Bastante aromática: grãos torrados; café; algum caramelo; algum álcool; uma ligeira acidez; praticamente nenhum sabor do lúpulo para além de amargor.
Na boca o sabor dos grãos torrados dominam e lembram muito mais o café do que chocolate. Há um amargo considerável proveniente dos grãos torrados que permanece na boca. O lúpulo certamente dá a sua contribuição importante, mas passa praticamente despercebido perante a intensidade de sabor do grão utilizado. Pode considerar-se relativamente cremosa, mas não tem um corpo robusto.
A Mocha Porter realça especialmente o carácter tipo café, o que era expectável. O grão torrado domina e é intenso. Pessoalmente prefiro porters com maior equilíbrio e moderação dos sabores ou quanto muito com maior predominância do componente chocolate do que do café, mas mesmo assim acho que é uma cerveja agradável e compreendo perfeitamente o reconhecimento que lhe é atribuído. Talvez não seja a melhor cerveja de introdução ao estilo porter, mas é sem dúvida uma cerveja de qualidade, recomendável principalmente a quem aprecia este estilo e também, porque não, aos consumidores habituais de café.