The Kernel Pale Ale Pacific Jade
O nome Pacific Jade é certamente uma alusão a uma variedade de lúpulo Neozelandês com o mesmo nome que terá sido utilizado nesta cerveja produzida pela The Kernel.
Pacific Jade é o nome de uma variedade de lúpulo da Nova Zelândia que terá, suponho, sido utilizado nesta cerveja. Não há muita informação na Internet sobre esta cerveja, mas li algumas notas que sugeriam que terá sido uma edição limitada que não foi produzida novamente. Deduzo tenha sido uma cerveja criada apenas para testar este lúpulo mas que não foi mantida por tratar-se de um lúpulo mais caro e/ou menos disponível do que outros no mercado.
Aspecto: cor dourada; turva, especialmente se for despejado o sedimento do fundo da garrafa (cerveja não filtrada); espuma branca cremosa de volume moderado e duração média; pouco rendilhado no copo, mas persistente.
Aroma: frutado e floral, com notas frescas que lembram frutos como tangerina e toranja, mas sem a acidez normalmente associadas; no fundo há uma leve presença de malte.
Na boca: domínio do lúpulo, como era expectável, com características semelhantes ao aroma, mas desta vez com alguma da acidez típica da casca de citrinos. O amargor do lúpulo surge moderado e suave, manifestando-se mais no final, em que deixa na boca um certo amargor cítrico refrescante. O malte está sempre em segundo (ou mesmo terceiro) plano e apenas serve de base, deixando o lúpulo sobressair. A cerveja tem um corpo médio, com uma suavidade e viscosidade muito agradáveis e pouco comuns neste estilo.
Esta cerveja surpreendeu-me. Gostei do sabor em geral e da moderação na intensidade do lúpulo, mas também do corpo e da textura da cerveja, que na minha opinião tornam esta cerveja diferente de muitas outras do estilo que andam por aí. Infelizmente parece tratar-se de uma edição limitada e que não voltou a ser produzida, mas estou convencido de que a The Kernel terá outra American Pale Ale equivalente, quem sabe até com a mesma receita, mas com outra variedade de lúpulo.