Urthel Samaranth
Já tinha bebido as outras duas cervejas da Urthel e tinha gostado. A Samaranth felizmente não fugiu à regra.
As três cervejas da Urthel são “simpáticas”, tal como o personagem nos rótulos da marca, que se apresenta sempre bem disposto e pronto para beber uma cerveja. Há algum tempo publiquei as minhas notas sobre a leve e refrescante Saisonnière e desta vez vou falar sobre a robusta Samaranth, uma quadrupel com 11,5% de álcool/volume. Fica a faltar publicar as minhas notas sobre a Hop It, quando voltar a bebê-la.
As cervejas da Urthel foram criadas por Hildegard van Ostaden, uma cervejeira-mestre formada na prestegiada escola Kaho St. Lieven, de Gante. Ela orgulha-se de produzir cervejas da forma tradicional flamenga. Em 2010 ganhou o prestigiado World Beer Award com a excelente Saisonnière, o que terá dado um grande reconhecimento à marca.
Aparência: Castanho escuro; turva e com muitos sedimentos em suspensão; espuma bege, com pouco volume e sem grande persistência.
Aroma: forte, complexo, doce; malte caramelo; faz lembrar vinhos robustos do género do Porto; o aroma é muito convidativo.
Na boca: maltes tipo caramelo, com um apontamento de chocolate; sabores complexos e nuances doces, como alguns vinhos licorosos/abafados; a componente doce é equilibrada pelo amargor do lúpulo e pelo álcool; o corpo é robusto e a carbonatação relativamente elevada, o que torna a textura agradável na boca e torna-a mais fácil de beber; termina com um claro sabor a álcool, mas muito tolerável.
Complexa, reconfortante e muito, muito agradável. Forte, mas oferece muito mais do que o sabor a álcool com que algumas quadrupel nos brindam. É uma excelente escolha para uma noite de inverno.